Grupo Assim

Saúde e Bem Estar Sáude e Bem Estar


Sofrimento fetal e suas repercussões ao longo da vida

Postado em 18/11/2019



O sofrimento fetal é caracterizado pela falta de oxigênio para o feto. Se ocorrer de forma abrupta, ele é considerado agudo – os motivos vão desde dificuldade da passagem do sangue da placenta para o bebê até sangramento materno ou alterações no cordão umbilical. A consequência é imediata: o feto lança mão de mecanismos de defesa para se adaptar à ausência de oxigênio, o que pode até levar à morte dentro do útero.

Já o sofrimento fetal crônico, como o próprio nome indica, acontece quando o feto é acometido continuamente pela falta de oxigênio e de nutrientes. Essa situação pode acontecer por problemas genéticos, placentários, fetais (síndromes genéticas e infecções congênitas) ou maternos (como hipertensão arterial, diabetes e uso de medicações, cigarro, álcool ou drogas). Para sobreviver, o feto desvia o fluxo de sangue para órgãos nobres, como cérebro, coração e suprarrenais.

O diagnóstico pode ser feito durante o pré-natal, com exames como a ultrassonografia, que avalia o bem-estar fetal, a quantidade do líquido amniótico, o desvio do sangue para cabeça e o crescimento do bebê. Tem ainda a cardiotocografia, que analisa as variações da frequência cardíaca.

Ao flagrar o quadro precocemente, o feto pode se recuperar e evoluir sem sequelas. Porém, se a falta de oxigênio e nutrientes for prolongada, isso pode levar a problemas logo após o nascimento e também na vida futura.

Impactos no recém-nascido:
Dentre as várias repercussões, destacam-se as lesões cerebrais, que podem se apresentar de uma forma leve, que não deixa sequelas, até graus mais graves, capazes de causar convulsões, atraso no desenvolvimento e desnutrição. Outras manifestações incluem: dificuldade na manutenção da temperatura, falta de controle da glicose no sangue, problemas respiratórios e dificuldades na alimentação.

A vida futura:
Independentemente da existência da lesão cerebral e da sua gravidade, existe o risco de acontecerem percalços no desenvolvimento. Eles incluem desde alterações mínimas de comportamento, déficit de atenção/hiperatividade, síndrome do espectro autista e dificuldades na aprendizagem, na leitura e na matemática, até alterações mais sérias, como paralisia cerebral.

A restrição de crescimento dentro do útero também tem sido associada a doenças na vida adulta, como: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, obesidade, aumento do colesterol e problemas cardíacos capazes de levar a isquemia e infarto. 

Por isso que o pré-natal e o acompanhamento médico se tornam essencial durante a gravidez. Com as orientações de um especialista de confiança, chances são que tanto a mãe e quanto o bebê passem esse período sem maiores complicações e com mais saúde.

O ASSIM SAÚDE dá dicas para as futuras mães terem uma gestação tranquila.